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VB-MAPP e a Musicoterapia


O VB-MAPP (Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program) é um protocolo de avaliação do comportamento verbal, utilizado em intervenções baseadas na ciência ABA (Análise do Comportamento Aplicada). Esse instrumento é dividido em 3 níveis, com 170 marcos de desenvolvimento que vão de zero a 48 meses de idade (4 anos), mas podendo ser utilizado com crianças de até 7 anos.


Sua utilização se dá com crianças com atrasos no neurodesenvolvimento, especialmente quando há atraso na comunicação/linguagem. É utilizado na avaliação inicial do processo terapêutico, a fim de delinear objetivos e construção do PEI (Plano de Ensino Individualizado). Além de objetivos terapêuticos, ele também propicia o entendimento de algumas "barreiras", ou seja, comportamentos que podem estar dificultando a aprendizagem da criança.


O protocolo tem um manual de aplicação, que deve ser realizado por profissionais com conhecimento em ABA. Atualmente, muitas pessoas, baseadas nesse manual, têm construído recursos visuais para serem utilizados tanto na avaliação, quanto nas intervenções. Alguns são chamado de Flip Books, originalmente, aqueles livrinhos com imagens, que quando folheados rapidamente, dão a impressão de movimento; mas nesse caso são livros com imagens que colaboram com a intervenção de acordo com os comportamentos solicitados pelo manual do VB-MAPP. Com o auxílio das imagens, são solicitadas iniciativas e respostas para a criança, estimulando questões cognitivas, sociais e comunicativas.


Como musicoterapeuta, trabalho com diversas equipes e o VB-MAPP tem se feito cada vez mais presente. Entender o protocolo colabora para as trocas e escolha de objetivos transdisciplinares, bem como no compartilhamento de recursos. Por conta disso, comecei a inserir flip books nos atendimentos.


Como? Bom, as atividades podem ser as mais diversas (lembrando que sempre devem estar intimamente conectadas aos objetivos da sessão). Por exemplo, cantar canções onde a letra contenha palavras referentes às imagens do flip book, estimulando que a criança as mostre no material no momento em que receber o feedback auditivo; improvisar canções utilizando as imagens; pedir para que a criança componha uma canção utilizando imagens e categorias selecionadas do flip book; criação de flip book específico com materiais do setting musicoterapêutico; etc.


O importante aqui é lembrar que avaliações, protocolos e quaisquer recursos não são bons por si só, mas devem ser escolhidos a partir do pensamento e tomada de decisão clínicos, de forma individualizado para aquela criança que está na nossa frente!

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