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Sobre

Se você chegou até aqui, muito provavelmente divide alguns interesses comigo. Mas caso ainda não me conheça, vou me apresentar.
Eu nasci em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, e desde pequena gosto muito de música. Era comum eu cantar sem parar as canções que aprendia na Pré-Escola, o dia todo, sem parar! Durante o Ensino Fundamental eu comecei a ter aulas de violão com um colega da escola, e utilizava um violão emprestado para poder ensaiar em casa. No ensino médio resolvi estudar no CTISM, o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, que na época oferecia o ensino médio em separado do ensino técnico. Na mesma época comecei a participar de um coral e a fazer aulas de teoria musical e canto, a fim de prestar o PEIES (Programa de Ingresso ao Ensino Superior, um vestibular seriado da Universidade Federal de Santa Maria, onde as provas eram divididas pelos anos do Ensino Médio). E ao final do terceiro ano eu teria também o teste de aptidão, para poder ingressar no Curso de Música da UFSM.
Assim, em 2007 eu ingressei no curso de Bacharelado em Canto, e foi lá que pude começar a viver, de forma mais intensa, o que era estudar, respirar e pensar em música 24h por dia (às vezes até sonhava com provas, como aquelas de percepção musical onde a gente tinha que decorar os temas das Sinfonias de Beethoven). Durante a faculdade fui bolsista na Biblioteca Setorial do Centro de Artes e Letras, o único trabalho não musical que eu tive, e que gostei imensamente, pois eu tinha a possibilidade de ficar lendo e pesquisando quando os colegas não iam retirar livros para estudar. Também cantei no Coral da UFSM e realizei apresentações solo, com os colegas da classe de canto, participei de alguns grupos vocais, dei aula de canto e fui copista de partituras em uma igreja.
Em 2009 eu recebi um convite para dar aulas de canto em uma escola de música em Santa Maria e foi aí que minha carreira como professora começou. Inicialmente eu focava o meu trabalho na técnica vocal do canto popular e lírico, apenas com adultos e idosos, mas algumas crianças foram aparecendo e eu fui aceitando ensinar música a elas. Na prática eu descobri que a pedagogia musical não poderia ser a mesma para as diferentes faixas etárias e comecei a desenvolver atividades e brincadeiras para o ensino do canto. Parece que foi dando certo e passei a dar aulas também para bebês e suas mães, com o apoio de um colega licenciado em música e com muito mais experiência do que eu.
Por conta das turmas com bebês, atendi um bebê que havia recebido o diagnostico de autismo e havia sido encaminhado para o atendimento de musicoterapia. Eu conhecia esse termo das minhas leituras lá na biblioteca do CAL, onde tive contato com algumas pesquisas de musicoterapia na oncologia pediátrica, entendia que era uma profissão diferente, que me instigava interesse, mas que ainda era de todo estranha. Expliquei o que sabia para essa família e como era o trabalho que eu vinha desenvolvendo e eles resolveram me dar uma chance para trabalhar com o seu filho. Essa parceria foi longe e mudou completamente a minha forma de encarar as crianças, percebi que necessitava estudar mais e buscar nos locais adequados o conhecimento tanto para trabalhar com bebês e crianças, quanto para entender o que era autismo, pessoas com deficiência, adaptações pedagógicas...
Eu já vinha realizando disciplinas complementares no curso de Licenciatura em Música desde o Bacharelado em Canto, então, quando me formei, fiz a prova para o reingresso. Mais ou menos na mesma época descobri os cursos online e comecei uma especialização em Psicopedagogia, que me deu muitas bases de como adaptar um currículo, o que são transtornos do neurodesenvolvimento e da aprendizagem.
Aí foi um caminho sem volta, aceitei o convite de ir trabalhar em uma clínica voltada para crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, e não parei mais de fazer cursos de aperfeiçoamento na área. Fiz outra especialização, agora em Ensino Estruturado para Pessoas com Autismo (Método TEACCH), comecei a publicar pesquisas e adentrar também nesse mundo, realizei capacitação em intervenção precoce, Método das Boquinhas, DIR Floortime 101, comunicação alternativa, ESDM (Modelo Denver de Intervenção Precoce) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada).
Durante a licenciatura tive experiência de realizar algumas intervenções na Turma do Ique – CTCriaC (Centro de Atendimento à Criança e Adolescente com Câncer) da UFSM, e com o coral que eu cantava, fizemos alguns concertos especiais em hospitais, lares de idosos e de crianças. A pulguinha da musicoterapia seguia atrás da orelha, eu já havia feito um curso presencial sobre avaliação, em Porto Alegre, a fim de conhecer mais de perto o que seria essa profissão, e fiquei em contato com alguns profissionais, pois estavam organizando um curso de pós-graduação.
Na primeira turma da pós em Musicoterapia eu não pude participar, a viagem ainda era cara para mim, e o curso particular, acontecendo uma vez por mês em Porto Alegre. Mas na mesma época também estava me dedicando para entrar no Mestrado em Educação, na linha de pesquisa de Educação Especial. Primeiramente fui bolsista de iniciação científica, e após aprender mais sobre esse mundo de pesquisas, artigos e metodologias, fiz meu mestrado da metade do ano de 2016 a 2018.
Eu nunca fui muito de esperar e fazer uma coisa de cada vez, então em 2017, quando abriu a segunda turma de pós-graduação em Musicoterapia em Porto Alegre, pela Faculdade de Candeias, eu me inscrevi e comecei a cursar o que era agora um sonho se tornando realidade.
Durante a especialização eu atendi, agora como estagiária de musicoterapia, pacientes com autismo em uma escola de Educação Especial e retornei ao CTCriaC, onde além de atender, fui co-orientadora da equipe de alunos do curso de música que ali desenvolviam seus trabalhos.
Paralelamente aos pacientes que foram surgindo e à toda essa caminhada de formação, eu dei palestras, aulas como professora convidada em universidades e faculdades, cursos para professores, além de ter tido experiência com crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL), Síndrome de Down, Síndrome de Williams, paralisia cerebral, bebês prematuros, e, como contei anteriormente, na oncologia pediátrica.
Atualmente resido em Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, e atendo tanto na região do Vale do Caí quanto alguns pacientes online de diversas regiões do Brasil.
É um prazer te conhecer, e se chegou até aqui, certamente teremos muito o que trocar nas próximas publicações. Um abraço!

Ps.: se você quiser saber mais sobre a minha carreira acadêmica, acesse o meu currículo Lattes em

http://lattes.cnpq.br/6096753322897146

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