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Quem sou eu?




Olá! Como tem muita gente nova por aqui, resolvi me apresentar, pra vocês saberem um pouco mais sobre mim e o meu trabalho. 💁🏻‍♀️

Eu sou gaúcha, natural de Santa Maria, mas atualmente vivo em Canoas (Rio Grande do Sul) e trabalho na clínica multidisciplinar SER Consultório Terapêutico, onde realizo atendimentos de Musicoterapia e faço avaliação do desenvolvimento infantil. Meu público-alvo são bebês e crianças de 0 a 6 anos, mas também atendo alguns adolescentes e amo o trabalho que desenvolvemos juntos e o quanto todos eles me ensinam.


A trajetória até eu me tornar musicoterapeuta foi longa. Gosto de música desde que eu era bem pequena (eu cantava o dia inteiro! 🤭), e no ensiso fundamental resolvi que queria aprender a tocar violão e a cantar, mas foi no ensino médio que eu decidi que queria estudar música formalmente, entrei para um coral (Coral da FAPAS, que posteriormente virou o Coral APUSM) e fiz seleção para o curso de Bacharelado em Canto da UFSM. Sim! Estudei pra ser cantora lírica (algo que eu gosto muito e atualmente faço só pra mim mesma). No segundo ano da faculdade comecei a trabalhar (especialmente para poder sustentar minha necessidade por leitura) na biblioteca do prédio onde eu estudava. Como não havia muito movimento por lá (infelizmente), eu passava a maior parte do tempo estudando. No terceiro ano de faculdade (até o final do curso) consegui uma bolsa no Coro de Câmara da universidade e passei a trabalhar lá, como cantora no naipe das sopranos (voz mais aguda do coral). 🥰


Oportunidades foram surgindo e eu recebi convite para dar aula em uma escola de música em 2009. Dei aula para alunos de todas as idades, mas cada vez mais percebia que eu gostava mais do trabalho com crianças. Por isso, comecei a focar as aulas de canto no trabalho com crianças e adolescentes, o que me levou, em 2011, a outra escola de música que tinha todo um projeto para trabalhar com bebês! 👶🏻 Fiquei encantada e comecei a estudar muito sobre esse público. Comecei a fazer cadeiras no curso de Licenciatura em Música (que tem foco na aprendizagem musical) e me formei nos dois cursos (bacharelado em canto em 2011 e licenciatura em música em 2015).


Engraçado como as coisas acontecem... ao começar a trabalhar com bebês, surgiram os primeiros bebês e crianças com diagnóstico, buscando a Musicoterapia (profissão que eu conhecia vagamente). Na época eu conversei com as famílias e expliquei que não era musicoterapeuta, que as profissões eram diferentes, mas que eu estava estudando e focando meu trabalho em bebês e crianças pequenas, que se eles achassem interessante, poderíamos marcar aula de educação musical para eles e trabalhar aquilo que estava dentro das possibilidades da Educação Musical. Eles aceitaram e aí não teve mais volta. Eu tive que "pular de cabeça" em novos conhecimentos, me aprofundando em desenvolvimento infantil e transtorno do espectro autista. Na época também dava aula para crianças com TDAH, Altas Habilidades/ Superdotação, Transtornos de Aprendizagem e com neurotípicos.


Em 2013 eu tive um ano muito ruim. Foi quando aconteceu a tragédia da Boate Kiss em Santa Maria e meu primo mais novo, sua namorada e um amigo de infância foram vítimas. 242 pessoas morreram, 680 pessoas ficaram feridas, toda uma comunidade e diversas famílias foram afetadas e o processo ainda corre, sem justiça a todos aqueles que perdemos. Foi quando tive depressão e comecei a ser cliente de psicoterapia, que me levou a conhecer mais sobre mim mesma e a repensar o que eu queria para o meu futuro.


Em 2014 eu troquei de emprego novamente, indo trabalhar em uma clínica especializada em transtornos do neurodesenvolvimento, aos poucos mudava minha atuação profissional e naquele momento me identificava com a Educação Musical Especial, que é a educação musical adaptada para pessoas com deficiência. O que me levou a estudar cada vez mais sobre desenvolvimento infantil e as particularidades de cada diagnóstico que eu me deparava. 😊 Nesse mesmo ano terminei a especialização em Psicopedagogia e escrevi meu primeiro artigo científico, o que me fez adorar essa possibilidade e me despertar o interesse por pesquisa (e desde esse primeiro artigo, não abandonei mais as publicações. Se vocês quiserem ler meus trabalhos, estão todos na aba PUBLICAÇÕES do meu site www.danielependeza.com - link na bio). Nesse momento comecei a emendar uma formação na outra, fazendo muitos cursos e mais uma pós, dessa vez em Educação na perspectiva do ensino estruturado para autistas, baseada no Método TEACCH, e assim conheci a abordagem comportamental.


Por vários anos trabalhei com uma "coterapeuta", a Anaïs, minha cachorrinha, que eu adestrei para ser minha parceira nas aulas e posteriormente nos atendimentos de Musicoterapia. 🐕 Isso se chama Intervenção Assistida por Animais (IAAs) e necessita de muito trabalho e treinamento, não é só colocar um animal dentro da aula/sessão, porque pode ocasionar danos tanto no animal quanto nas pessoas participando.


Em 2016 eu fui aprovada no Mestrado em Educação da UFSM, na linha de pesquisa em Educação Especial. Pesquisei mais a fundo o autismo e trabalhei na construção de um curso para ensinar professores a identificar sinais de alerta do autismo em bebês. Na mesma época participei de um projeto do curso de Educação Especial que visava identificar alunos com Altas Habilidades/Superdotação, e depois de vários meses passando por testagens, eu recebi o diagnóstico (não aceitei ele e apenas atualmente estou compreendendo melhor o seu significado e minhas características com acompanhamento de uma profissional especializada na área).😄


2017 foi um ano de muitas mudanças! 🤩 Resolvi que era hora de ter minha sala e aluguei um espaço de uma colega que conheci no mestrado. Além disso, enquanto ainda fazia mestrado, finalmente pude iniciar o curso de pós-graduação em Musicoterapia! Viajava uma vez por mês para Porto Alegre, a fim de ter aulas sábado e domingo, o dia todo (era muito cansativo, mas eu adorava!).


Em 2018 eu fundei o Grupo de Estudos e Pesquisa Integrar (GEPI), um grupo multiprofissional que busca pesquisar e realizar trocas sobre o autismo. Ao longo desses 3 anos de grupo já realizamos diversos encontros e aprendemos com convidados de outras áreas e com autistas adultos que foram falar sobre suas perspectivas. Atualmente os encontros estão parados, mas quando dá a gente se encontra online. Sempre nos ajudamos com pesquisas e com dificuldades profissionais, sendo que o último assunto que desenvolvemos foi o Burnout em profissionais da saúde/educação.


Em maio desse mesmo ano eu mudei de endereço de trabalho novamente, indo para uma clínica multiprofissional e com um espaço mais amplo para desenvolver o trabalho e já visando um espaço legal para atender como musicoterapeuta (a formatura na musicoterapia seria no final do ano e eu já fazia diversos trabalhos como estagiária, recebendo supervisão, na oncologia pediátrica e com pessoas autistas, transtorno da fala e Síndrome de Williams).


Em 2019 eu e o Bernardo resolvemos morar juntos e eu comecei a atender em Canoas metade da semana (viajava 600km toda semana, contando ida e volta). Até que no final do mesmo ano encerrei minha atuação em Santa Maria e passei a residir definitivamente em Canoas e a atender no @serconsultorioterapeutico. Em 2020 tivemos o início da pandemia, não aconteceu muita coisa, pra ser sincera, usei o tempo pra surtar e depois me reorganizar e em 2021 ganhei uma sala novinha, com isolamento acústico! Atualmente estou estruturando o projeto do meu doutorado e quando puder conto mais sobre isso pra vocês (mais uma coisa que foi afetada pela pandemia, infelizmente). E por enquanto, esse é o FIM! 🤗

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