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Acústica

Âmbito da Física que se ocupa dos sons; boas condições arquiteturais para um som se espalhar no ambiente; que não tem amplificação elétrica ou eletrônica ou que tem apenas amplificação através de microfone externo (ex.: concerto acústico; guitarra acústica). Seu objetivo é controlar a emissão, a recepção, a transmissão e a reprodução de fenômenos acústicos, sendo, portanto, uma ciência transversal a diversas áreas do conhecimento.

Referência: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 2008-2020: https://dicionario.priberam.org/

Afasia

É um distúrbio da linguagem caracterizado pela perda da palavra, seja ela escrita, falada ou mímica, o que afeta diretamente a capacidade de comunicação do indivíduo. Ocorre por alguma lesão ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) e afeta diferentes partes do cérebro, geralmente acometendo o hemisfério esquerdo, principalmente nas regiões frontais e temporais, onde a maioria das pessoas possuem as redes neurais que possibilitam as funções cerebrais da linguagem. As afasias podem ser divididas em Fluentes e Não Fluentes, ou, ainda, pelos diferentes tipos de alterações de componentes da linguagem, como Afasia de Wernicke, Afasia de Broca, Afasia Global, Afasia de Condução, Afasia Anômica, Afasia Transcortical Motora, Afasia Transcortical Sensorial e Afasia Transcortical Mista.

Referências

American Stroke Association: https://www.stroke.org/en/about-stroke/effects-of-stroke/cognitive-and-communication-effects-of-stroke/types-of-aphasia

Hospital Albert Einstein: https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/afasias

Afonia

É a perda parcial ou total da voz por causa fisiológica (lesão em órgão do aparelho fonador) ou psicológica. Pode acompanhar de dor ao engolir, tosse seca e aumento de temperatura corporal. Seu tratamento envolve desde o repouso vocal, até intervenções com fonoaudiólogo (a) e tratamento médico (medicações e cirurgia).

Referências

Dicionário Aulete Digital: http://www.aulete.com.br/Afonia

Jaba Recordati: https://www.jaba-recordati.pt/euphon-pastilhas/afonia

Autismo

O DSM-5 (APA, 2013), traz o autismo como uma das sete condições presentes nos Transtorno do Neurodesenvolvimento. Dada a heterogeneidade das manifestações do autismo, o manual buscou abranger uma gama de sintomas que podem estar presentes no quadro. Os critérios diagnósticos são dois, e envolvem a presença de déficits sociocomunicativos e comportamentos restritos e repetitivos precocemente no período de desenvolvimento e em diversos contextos, causando prejuízos significativos na vida do indivíduo e não sendo explicadas por deficiência intelectual ou por atraso global do desenvolvimento. O diagnóstico ainda pode apontar, a partir de avaliações clínica, se existem comprometimentos intelectuais, na linguagem ou associado a condição genética ou outro transtorno do desenvolvimento (APA, 2013).

Os déficits sociocomunicativos podem envolver dificuldades na reciprocidade socioemocional, nos comportamentos comunicativos não-verbais e na capacidade de desenvolver, manter e compreender relacionamentos. A comunicação não-verbal se apresenta através da pobreza de contato visual, atenção compartilhada, gestos e expressões faciais, orientação corporal ou entonação da fala, sendo até mesmo os balbucios com pouca amplitude tonal. Quando há linguagem, ela tende a se apresentar de forma unilateral, em que o indivíduo apresenta dificuldade de compartilhamento de tópicos, usada com a função de solicitar ou rotular objetos ou eventos (APA, 2013).

Com relação aos comportamentos restritos e repetitivos, podem estar presentes movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos; interesses restritos, inflexibilidade; hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesses incomuns. Pessoas com autismo podem apresentar déficits em filtrar e discriminar informações sensoriais, causando prejuízos que afeitam seu cotidiano de forma negativa (MAGALHÃES, 2008). Além disso, a gravidade com que o transtorno se manifesta pode variar de acordo com o contexto ou variar com o tempo, tendo oscilações nos níveis de apoio que o sujeito necessita (exigindo apoio, pouco apoio ou apoio muito substancial) (APA, 2013).

Foram identificados genes que têm relação com alguns casos de autismos, mas que ainda não são capazes de justificar o desenvolvimento do transtorno em todas as suas manifestações (KRISHNAN et al., 2016). Segundo os autores, 65 genes já foram mapeados como uma pequena fração potencialmente associada às causas do autismo, mas esse número ainda é ínfimo, considerando que em torno de 400 a 1000 genes são estimados como prováveis envolvidos na susceptibilidade transtorno. Isso faz do autismo um distúrbio complexo com uma forte base genética, onde variantes em todo o genoma se manifestam como uma gama de perturbações funcionais e de desenvolvimento, muitas vezes em tecidos e tipos de células específicos.

Por conta da ausência de marcadores biológicos que atendam a todas as manifestações do transtorno, o diagnóstico do autismo decorre de avaliação comportamental, o que torna sua identificação e o diagnóstico precoce ainda um desafio para muitos profissionais, principalmente quando estes não possuem conhecimento suficiente acerca do desenvolvimento infantil (SANTOS et al., 2015).

Referências

ASSOCIAÇAO PSIQUIÁTRICA AMERICANA (APA). 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

KRISHNAN, A. et al. Genome-wide prediction and functional characterization of the genetic basis of autism spectrum disorder. Nature Neuroscience. November: 19(11):1454-1462, 2016.

MAGALHÃES, L. C. Integração Sensorial: uma abordagem específica da Terapia Ocupacional. IN: REZENDE, M. B. Intervenções em Terapia Ocupacional. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. P. 45-67.

PENDEZA, Daniele. Autismo e Educação Musical: uma proposta de formação de professores. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, RS, 2018. 126p.

SANTOS, A. L. V. et al. Diagnóstico precoce do autismo: dificuldades e importância. Revista Norte Mineira de Enfermagem. 2015; 4 (Edição Especial): 23-24.

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